domingo, 8 de julho de 2007

caçando poemas na Paulista





Praia de paulistano é a Av. Paulista.
Sexta à noite, calor temporão de inverno, onde ir? Pra quem vive pensando - entre outras coisas tão boas quanto - em livros, a 'passadinha' na nova Livraria Cultura é programa obrigatório. E depois, quem sabe, um café ou uma cerveja na Augusta, que pseudo-intelectuais também sentem outras sedes.

Não resisti e comprei mais um livro de poesia: é difícil sair ilesa daquele mundo de tentações literárias. Há muito estava me devendo o "Toda Poesia", de Ferreira Gullar. Tá, já tenho três livros dele, duas antologias e o "Dentro da Noite Veloz". Mas não tinha "Toda Poesia", oras. E estava precisando dele, terrivelmente.

Procuro poemas o tempo todo. É quase um vício.
Pra quê? Não sei ainda. Talvez seja simples pretensão, como dito nas palavras de Ferreira Gullar:

Pretendo que a poesia tenha a virtude de, em meio ao sofrimento e o desamparo, acender uma luz qualquer, uma luz que não nos é dada, que não desce dos céus mas que nasce das mãos e do espírito dos homens.

Ou, pura ambição, como nos versos de Leminski:

vai vir o dia
quando tudo que eu diga
seja poesia

E vou parando por aqui: quero caçar mais uns poemas hoje.