terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

só uma saudade


Eles se abraçam, sentindo no peito do outro um tremor descompassado. Uma eternidade, uma vida, um minuto, um segundo, e novamente são dois: frente a frente, o branco imaculado da mesa a separá-los.

Tocam-se, mal se tocando; penetram-se em olhares; entendem-se tanto, mal se falando. Beijam-se em sonhos, deliram versos não-lidos, ouvem canções sem palavras, andam sob a chuva imaginária, molham-se das lágrimas invisíveis. Enfim, se calam, em até breves eternos.

Na saudade de todas as horas, ela pensa em Bentinho; ele, em Capitu.

9 comentários:

Anderson Lucarezi disse...

!

finalmente!

Anderson Lucarezi disse...

(a coisa literária)

Sinayoma disse...

Adorei isso!

Saudade dos nossos programinhas legais! :)

beijinhos, querida!

Myriam Kazue disse...

hahahaha

a "coisa literária"!

parece um monstro prestes a nos engolir

beijo!

Myriam Kazue disse...

Olá, Gabi!

apareça sempre!

logo vamos nos ver, quem sabe podemos marcar algo.

beijão!

Calebe disse...

Myriam,

de muito bom gosto a tua página.

Com certeza voltarei. Valeu pelos elogios e tudo o mais.

Cuide-se e continue escrevendo.

Beijo,

Calebe

Anônimo disse...

Que coisa bonita, My.

Machado deve estar sorrindo.

Beijos

Felipe disse...

A primeira coisa que veio à minha cabeça ao ver a foto, era que vc ia falar da enchente daquela quinta-feira, mas não era um trecho do "Dom Casmurro". Um sonho.

Parabéns pela sensibilidade.

Bjos!

Anônimo disse...

Myriam,

tive de passar aqui novamente e "sentir" esse texto.

Machad�o ia gostar, com certeza.


Bjo,

Calebe